Paladino
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a voz da chuva
emudece
a cigarra
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no meio da rua
a voz da chuva
emudece
a cigarra
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no meio da rua
a coruja
deu voz a lua
deu voz a lua
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vozes no brejão
o cururu dos sapos
ecoando noite adentro
o cururu dos sapos
ecoando noite adentro
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a não música
no silêncio das horas
seca o bambu
no silêncio das horas
seca o bambu
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o brilho dourado
por detrás das nuvens
seria eldorado?
por detrás das nuvens
seria eldorado?
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o clarão da lua
iluminando
o canto da coruja
iluminando
o canto da coruja
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branco dos ipês
caem letras trêmulas
tecendo versos
caem letras trêmulas
tecendo versos
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no relâmpago
movem-se as vozes
do firmamento
movem-se as vozes
do firmamento
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no brilho do espelho
do castanho ao estanho
o que perco o que ganho
do castanho ao estanho
o que perco o que ganho
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uma borboleta
banhando-se na fragrância
de um botão de rosa
banhando-se na fragrância
de um botão de rosa
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Poesias
Nó Górdio
Há em nós um nó
grande e profundo.
Que custo a crer,
que seja mesmo um nó.
Mas é mesmo um nó,
um grande e gordo nó.
Que só se desfaz
em um golpe só,
sem pena e sem dó.
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ventre de papel
Da cornucópia do poeta eclode a rima:flórea fragrância ritmada,
penetrando as notas ondulantes de teu ventre de papel.
Rezam os perfumes;
voláteis; como os versos de uma crisálida.
Oh! Jasmim,eis o aroma próximo das tuas notas que me invade.
penetrando as notas ondulantes de teu ventre de papel.
Rezam os perfumes;
voláteis; como os versos de uma crisálida.
Oh! Jasmim,eis o aroma próximo das tuas notas que me invade.
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Olhos
A noite invade-me os olhos...
Que fixos no vazio, procuram
no passado um sentido
para o presente.
Vêem na ronda secular
de um astro.O puro ato de
viver a plenitude de sua
própria existência.
Oh! idade nobre.
De inúmeras vivências
sabedoria alcançada.
O crepúsculo invade-me os olhos...
Que fixos no vazio,
não mais procuram no externo
mas no interno.
Vêem no passado
a experiência presente.
Oh! fiel guia dos sábios.
O dia invade-me os olhos...
Que fixos no vazio, procuram
no presente um sentido
para o futuro.
Vêem no transitório
aquilo que não pode ser
mudado.
Pois a morte, vem a superfície
reclamar a sua herança.
Que fixos no vazio, procuram
no passado um sentido
para o presente.
Vêem na ronda secular
de um astro.O puro ato de
viver a plenitude de sua
própria existência.
Oh! idade nobre.
De inúmeras vivências
sabedoria alcançada.
O crepúsculo invade-me os olhos...
Que fixos no vazio,
não mais procuram no externo
mas no interno.
Vêem no passado
a experiência presente.
Oh! fiel guia dos sábios.
O dia invade-me os olhos...
Que fixos no vazio, procuram
no presente um sentido
para o futuro.
Vêem no transitório
aquilo que não pode ser
mudado.
Pois a morte, vem a superfície
reclamar a sua herança.
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Poetrix
Escrevo não
para dar ego ao meu adulto.
Mas glória a minha criança.
para dar ego ao meu adulto.
Mas glória a minha criança.
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em copos de cerveja
destilo sonhos e anseios
como se fossem uma aquarela
destilo sonhos e anseios
como se fossem uma aquarela
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festa rave no jardim
despenteando grama alta
vento que não para de dançar
despenteando grama alta
vento que não para de dançar
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